quarta-feira, 27 de abril de 2011

Ironia

Tem linhas na vida que não se apagam,
Tem linhas na vida que escrevem o teu nome
Em pedra, mármore, aço, ou o que seja.

Há cores que não se esgotam,
Nem pela noite, nem quando as nuvens
Apagam o céu e o mar.

As lembranças afluem como pássaros,
Pássaros de água e ar,
batendo asas de papel fino e transparente.

Você não os vê, mas os sente,
Rasante em seus võos calorosos,
Distantes e, ao mesmo tempo, tão próximos!

O que desenhaste na areia do tempo,
desapareceu com o tempo.

O que desenhaste - eu, tua criação -
Já é sombra do que foi, e não está mais lá,
se não aí, onde mais te ocultas, teu ser inteiro:
Coração.

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