Fumegante, o grito
Dispara a agonia do vidro
De todas as janelas desta casa.
O corpo tomba sobre seus braços;
Ele diria adeus, se tivesse dentes
Para sorrir. Vai-se silenciosamente, entretanto,
para
Nenhum lugar.
Parece dormir sobre um leito de rosas
violentas. As pétalas carnívoras embebem-se
orgulhosas.
As patas da morte desgrenham seus cabelos;
- Ela se aproxima! -
Uma língua escura
Lambe-lhe o cenho, cobrindo-o de sombras esguias.
Viram-lhe o corpo; lãminas ósseas
Escapam pelo focinho: não se parece com um homem
Enquanto não tiver um nariz de homem. No lugar
Uma cava escarlate,
Onde gênios invisíveis bebem o gole sangrento.
Belos, seus dedos congelaram: pedia socorro?
Seus olhos, azuis, fecham suas portas
Deliberadamente. Sua garganta se desmonta
Sobre o látex: um último suspiro
De sua traquéia, e a sombra daquele homem
Se desfaz.
Nenhum comentário:
Postar um comentário