sexta-feira, 16 de dezembro de 2011

Encontrei isso aqui...

A nova onda é o boogie. O blues ficou para trás. Eu quero comer duzentas milhas de asfalto. E quero que você o faça comigo. A liberdade é o sonho do qual tento acordar, mas é impossível: eu sou o furacão, e eu vou soprando as nuvens para longe daqui. O sol brilha na minha constelação, e eu sou o raio vagabundo, vencendo a órbita dos planetas, iluminando a escuridão do cosmos.

Os meus heróis foram caindo. Alguns de overdose, outros em escândalos sexuais. Eu sempre quis ser Sylvester Stallone. O mundo não é dos fortes, mas se eu fosse Arnold Schwartznegger, talvez eu fosse mais feliz. Eu fui criado num mundo pós-guerra. Sempre quis ser violento. Ás vezes acho que sou uma mocinha. Mas sempre quis ser muito violento.

Os carros na tevê são sport. A música da tevê é a dos homens bonitos, das mulheres bonitas. Quando eu pego a estrada da madrugada, quando me deixo, assim, a mastigar as estrelas, aposentando os mapas para pasárgada, me pergunto se quero realmente ser bonito. Meu coração cheira a diesel e o meu amor tem essa textura da relva fresca, batida pelos nossos corpos. Eu não aguento as sombras das árvores por muito mais tempo e acho que quero mesmo é cozinhar no inferno. - Quem vai saber o que quero! Se eu pudesse morrer, que fosse na altura de um penhasco; e o mundo, por um instante, ser meu e de mais ninguém.

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