quarta-feira, 24 de novembro de 2010

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Teus olhos são sementes azuis
Gravitando e
Penetrando o cristal
Líquidos
Como suas pequenas retinas.

Pulmões de diamante
Sôfregos assopram
Areia em lábios fundos como chagas;
Queixo de mármore que mordo.

Anêmona de safira, buscando um leito no abismo
Que teus cabelos emolduram. Meu rosto
Afunda no silêncio.
No alvo silêncio da página.

Negras asas espicham cílios lunares;
Tua boca voa; garça delicada
No inverno de um espelho.

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