Minha poesia não está para a vida
e nem para morte.
Está para a tua mão.
A tua mão inerte sobre a minha.
Minha poesia está para o silêncio,
o amargo silêncio das tuas ilusões
perdidas.
O teu desespero não interessa para a minha poesia.
Como pode ver, eu sou um homem brutal,
mas ainda um homem.
E o meu amor é a semente
Lançada no caos e no suspense.
Eu pretendo o mar, não por sua beleza
Mas pela sua volubilidade.
Eu quero as ondas, que sempre se renovam
E sempre me perdem.
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