sexta-feira, 19 de agosto de 2011

Queres aprender a viver? Comece a dizer sim.
Não sejamos nós também filhos de um
longo século de negações.
Chega de lutar contra a vida,
Como se fôssemos um corpo hostil em um ambiente hostil.
Não nos privemos da experiência. Digamos sim.
Não apenas às oportunidades,
Mas ao que não podemos mudar.
Saibamos não nos curvármos à impotência
Do que já foi.
O Passado, o cemitério onde não enterramos nossos mortos
o bastante fundo;
De sua vegetação pútrida e de sua terra úmida
Ainda exalam os miasmas dos nossos corações amargos.
Esqueçamos!
Esqueçamos os mortos!
Enterrem fundo os seus mortos
Ou aprendam a bailar com eles.
Deixem-nos para trás.
Perdoem-nos. Perdoem o que morreu. Perdoem-se,
Perdoem-se por ter deixado morrer.
Nada permanece,
Então nada poderiam fazer
Que a natureza já não tinha ela mesma planejado de antemão.
Realidade, efemeridade...
Sejamos transitórios como as águas dos rios,
Sejamos violentos como as águas dos rios,
E desçamos pela vida, com violência e amor.
Esqueça o passado,
Você não precisa dele.
Esqueça as ofensas, esqueça tudo. Esqueça as zombarias,
As humilhações. Você será grande,
Porque esse é o instante da tua grandeza,
Tu que sabes esquecer, que sabes rir do que foi
E do que não tornará. Tudo será uma bela história, uma narrativa
Para ser gozada à chama de uma fogueira. Toda a tua
Vida, versos inimitáveis de um poema,
Gole único de uma taça de bebida fresca.
Esqueça o que passou
E não tornes para traz.
Não te angustie com o porvir,
Não tropece sobre os próprios pés. Ama o instante,
Porque é nele que tu te tornas real.

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