sexta-feira, 5 de junho de 2009

Ela me fez um pedido misterioso...

Que pedido misterioso...
Não quero alimentar ficções. Eu disse a ela. Ela permaneceu impassível.
Que pedido misterioso...
O de, talvez, me preparar para o invitável, como alguém que marcha ao cadafalso?
Que pedido misterioso...
O de, talvez, vencer a mim próprio, meu egoísmo? O de vencer o que não consigo suportar?
Que pedido misterioso...
O de, talvez, fingir que as coisas estão bem, para então calmamente te deixar?
Que pedido misterioso...
Se eu fosse eu, o que escolheria interpretar?
Se eu fosse eu, o que eu escolheria ler?
Se eu fosse eu... o que eu escolheria amar?

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