segunda-feira, 22 de junho de 2009

Meu grande segredo...

Eu vou te revelar agora, que estamos mortos um para o outro e que não temos hora e nem lugar para voltármos à vida. Vou te revelar o segredo que eu mesmo descobri, hoje... a mãe de todas as ironias.

Quando te falei em força, equivoquei-me com esse conceito. Ser forte... ambos nós dois? Será que nunca fomos fortes? Será que somos mesmos fracos? Eu fui fraco te pedindo para ser forte. Eu fui fraco desejando ser forte. E sabe porque? Porque "ser forte", inconscientemente, muito sutilmente, me abriu uma saída, um escape, para não assumir uma responsabilidade que era enorme e pesada, e que só agora me dou conta do quão grande e pesada ela era: cuidar do teu coração. E isso envolve tantos nervos, tanta força, tanta paciência! No fundo quis te embrutecer, embrutecer nosso amor, e acabei o destruindo. Não foi assim? Fui fraco desejando que fôssemos fortes quando, a força, ela na verdade existia enquanto cultivássemos a idéia de que um precisa do outro. Penso que a vida solitária é o caminho dos fortes, mas não é bem assim: cuidar do coração de uma pessoa necessita de uma força duplamente maior.

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