terça-feira, 12 de maio de 2009

No que concerne à produção de sentido eu sou um suicida do sentido. Essa imagem me parece menos digna para elaborar um caráter a meu respeito, mas talvez a única que me convém no momento. A agilidade das teclas faz com que meu espírito se impulsione em uma digitação febril e automática de tudo aquilo quanto surge em minha mente. Claro que tenho um alvo, mas esse alvo é sentido, é atingido, é destruído com singular surpresa.

Eu acho que a caligrafia me força a reflexão daquilo que escrevo. O computador me dá uma liberdade de ser aquilo que exatamente estou sendo, no gerúndio. A grande sacada da minha destreza datilógrafa é isso: a capacidade de automatizar meu pensamento, como o faço agora.

Minha linguagem busca os desdobramentos do pensamento. A produção de sentido serve a uma espécie de estética da não combinação. Há metáforas-feitas acompanhando alegorias compreendidas apenas pela minha loucura. Se isso for uma loucura e não um excesso perfeitamente normal e aceitável de um pobre coitado.

Até mais ver.

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