Que irá para o país dos justos.
Agora, querida, que o remorso parece menos evidente
Que a violência torce menos os meus sentidos
Agora que estou, pouco a pouco, sendo despido da consciência
Agora quero que me diga, bem na cara, que sou um assassino.
Vamos, diga... Porque se não disser, crescerão duas asas
De serafim branco em minhas costas.
Essa incapacidade de me tornar uma e outra coisa me mutila.
Se sou um demônio, logo me descubro um anjo.
Mas é apenas minha humanidade.
Não é?
Se fosse, eu seria duplo. Mas sou triplo.
De uma triplicidade de homem fraco, de homem jogado.
Estou na sombra, sou o terceiro olho que tudo vê e que nada faz.
E se a iluminação, e a fertilidade da minha morna sabedoria estiver bem fecundada,
Então que eu não me torne um ou outro, mas apenas esse resto mutilado de mim.
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